Resenha de Verity
- mindinmaia
- 11 de fev. de 2024
- 2 min de leitura

Colleen Hoover é uma autora renomada no gênero de romance contemporâneo, conhecida por suas histórias pseudo emocionantes e personagens semi-complexos. Com uma escrita fácil e temas pouco aprofundados de forma correta, Hoover conquistou milhões de leitores em todo o mundo. Um dos seus trabalhos mais aclamados é Verity, um thriller psicológico que mergulha nas profundezas da mente humana e explora os segredos mais sombrios da alma. Com reviravoltas surpreendentes e uma atmosfera de suspense irresistível, com suas 320 páginas promete envolver os leitores do início ao fim, desafiando suas expectativas e levando-os por um caminho repleto de mistério e intriga.
A história se desenrola com Lowen Ashleigh, uma escritora de romances que enfrenta desafios em sua carreira, deparando-se com uma oportunidade singular. Ela é convidada a dar continuidade ao trabalho de Verity Crawford, uma autora mundialmente renomada que, de maneira drástica e misteriosa, sofre um acidente no auge de sua carreira, deixando-a em estado vegetativo sob os cuidados do marido. Diante disso, Lowen decide se mudar para a casa da família Crawford para explorar mais profundamente o trabalho de Verity. Contudo, ela se depara com uma autobiografia peculiar que a deixa intrigada e cheia de questionamentos.
Verity representa uma obra singular e exclusiva na bibliografia de Colleen Hoover. Distingue-se de todas as outras criações dessa escritora norte-americana, sendo, sem dúvida, o ápice de sua carreira. Este suspense cativante torna-se absolutamente irresistível, tornando praticamente impossível abandonar a leitura no meio de um capítulo.
Inicialmente, a obra poderia ser equivocadamente rotulada como apenas mais um romance insípido, mal desenvolvido e monótono, reminiscente de alguns escritos anteriores de Hoover. Entretanto, à medida que a narrativa se desenrola e aprofunda, o aspecto sombrio e surpreendente vem à tona, chegando ao ponto de me surpreender ao considerar que a mesma autora é responsável por outras obras mais reconhecidas. À medida que a trama avança, torna-se imperativo engajar-se numa leitura cada vez mais voraz, pois torna-se crucial desvendar quem é, de fato, o mentiroso na história. Colleen Hoover, de fato, soube retratar com precisão como o luto pela perda de um filho e a falta de diálogo entre casais podem corroer um casamento.
Conforme Lowen dedicava mais tempo à leitura do manuscrito de Verity, percebia que, como leitora, minha empatia pela própria Lowen diminuía. Isso mais uma vez evidenciava o padrão recorrente nas obras de Colleen, no qual as protagonistas se tornam notavelmente desinteressantes, tomando decisões questionáveis e irritantes em várias situações. Assim, por mais que a própria Verity, esteja em estado vegetativo em grande parte da obra se torna ela e quase que unicamente ela, o grande e real ponto do motivo da leitura
Verity, de fato, revela-se uma pérola que merece ser descoberta e apreciada por diversos leitores, pois é raro encontrar um livro capaz de impressionar e satisfazer tanto os amantes de suspense quanto aqueles que valorizam um final que deixe o leitor em dúvida é extasiado. Entretanto um conselho válido, para que sua experiência com esse livro não seja arrasada seria não ler de forma alguma o capítulo extra, de forma sincera foi extremamente frustrante e um banho de água fria, como Hoover conseguiu estragar o que estava perfeito.
★★★★★ 5/5
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