Crítica de Turma da Mônica: Lições
- mindinmaia
- 20 de dez. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de jun. de 2022

Seguindo o sucesso de Laços (2019), Turma da Mônica: Lições é a aposta do cinema brasileiro como grande opção da garotada nas próximas férias. E sim, é uma ótima opção. O diretor Daniel Rezende brilha mais uma vez ao trabalhar e desenvolver a turminha para a antiga e a nova geração.
Com a missão de continuar o sucesso iniciado dois anos atrás, Lições traz uma trama mais madura e com protagonistas menos caricatas, ainda que com os traços característicos dos gibis. Com Roteiro de Thiago Dottori e Mariana Zatz, o longa caminha por uma história que mostra as consequências de nossas escolhas, ainda que sejamos crianças, a repercussão pode ser maior do que se espera e, é claro, os vários caminhos e formas de contornar estes problemas.

Tudo em que o primeiro filme acertou, este continua brilhantemente, ao mesmo tempo em que apresenta novos personagens, vai desenvolvendo o quarteto. Porém, nem todos são bem desenvolvidos: sim, são muitos personagens para 90 minutos de filme, porém, Rezende se sai bem no “menos é mais”, já que também assina o roteiro.
O quarteto principal está bastante atuante, com arcos desenvolvidos e organicamente fluidos, sobretudo o da Magali (Laura Rauseo). A química entre Mônica (Giulia Benite) e Cebolinha (Kevin Vechiatto) se intensifica graças ao roteiro e quanto que com Cascão (Gabriel Moreira) há uma repetida ideia de piadas que envolvam água/banho que já estão datadas dos gibis, porém, é o que mais interage com os personagens novos, como Do Contra, o alívio cômico do longa.

Recheado de easter eggs e participações mais que especiais, Lições é uma ótima opção para as férias da garotada. Traz ensinamentos condizentes com a atual situação do nosso país, faz uma reflexão sobre erros, acertos e traumas da criançada, que, sim, podem refletir para toda uma vida, mas que podem ser resolvidos com companheirismo, verdade e amor.
★★★★☆ 4/5
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