Crítica de Triângulo da Tristeza
- mindinmaia
- 12 de mar. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de mar. de 2023

Triângulo da tristeza se passa em sua maior parte dentro de um cruzeiro luxuoso, onde tem um capitão alcoólatra e comunista, onde a elite da sociedade passa suas férias.

Triangle of Sadness é bastante explícito, fazendo uma sátira social sem nenhum tipo de pudor, nele você encontra cenas que te deixam EXTREMAMENTE desconfortável, e é esse o sentimento que você tem ao longo do filme, DESCONFORTO, principalmente nas duas primeiras partes, é uma sequência de cenas constrangedoras muito bem pensadas e arquitetadas para conseguir transparecer todos os pontos que o diretor Ruben Östlund quis transmitir, mas sobretudo o filme fala sobre hierarquia de classes, dinheiro e poder.

O longa é dividido em 3 partes: Carl e Yaya, O Iate e A Ilha. Na primeira parte existe uma cena do restaurante onde o casal Carl e Yaya, interpretados por Charlbi Dean e Harris Dickinson respectivamente dão um show de atuação que você consegue sentir toda a delicadeza da situação mesmo em palavras não ditas, que é o que mais acontece nesse filme. A fotografia também impulsiona bastante trazendo um jogo de câmeras que acrescenta para a forma como a história é contada.

O filme que é vencedor da Palma de ouro 2022, agora concorre ao Oscar na categoria de "Melhor Filme", "Melhor Direção" e "Melhor Roteiro Original". O filme em si é memorável, seu desconforto leva a reflexões sociais, cumprindo o seu objetivo de forma extraordinária, as duas outras partes que não foram comentadas são uma caixinha de surpresas com várias cenas memoráveis que vale a pena conferir. O filme está disponível na Amazon Prime Video.
Plus: Uma curiosidade extra e bastante triste, é que sua atriz principal Charlbi Dean faleceu antes mesmo do lançamento do filme de uma septicemia bacteriana.
★★★★★ 5/5
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