Crítica de Toda Luz Que Não Podemos Ver
- mindinmaia
- 26 de dez. de 2023
- 2 min de leitura
Toda Luz que Não Podemos Ver é uma adaptação brilhante da obra de Anthony Doerr, conquistando o prestigioso Prémio Pulitzer de Ficção em 2015. Recentemente lançada no catálogo da Netflix, a minissérie histórica transporta os espectadores para o ano de 1944, numa França ocupada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
A trama gira em torno de Daniel Leblanc (Mark Ruffalo), um viúvo e joalheiro que trabalha para um museu na França. Sua filha, Marie (Aria Mia Loberti), uma jovem francesa cega, estabelece uma conexão surpreendente com Werner (Louis Hofmann), um combatente alemão, por meio de rádio. Em meio aos horrores da guerra, a série explora a caça aos judeus, antiguidades históricas e joias pelos nazistas, pintando um retrato impactante da Europa na época.
A narrativa, apesar de abordar temas já explorados em outras produções, destaca-se pela habilidade em fechar seu arco de maneira satisfatória. A série envolve o espectador em um ritmo cativante, com um roteiro bem desenvolvido que mantém o interesse do início ao fim. A qualidade da produção se reflete não apenas na adaptação literária, mas também na atuação convincente do elenco.
No entanto, alguns pontos merecem atenção crítica. Clichês pontuam a trama, especialmente no relacionamento entre Marie e Werner. A duração dos episódios, com 57 minutos cada, pode parecer extensa para alguns espectadores. Além disso, a familiaridade com narrativas da Segunda Guerra Mundial pode diminuir o impacto para quem busca originalidade.
Em conclusão, Toda Luz que Não Podemos Ver é uma série que, apesar de alguns clichês e extensão dos episódios, oferece uma experiência audiovisual rica. Seu enredo envolvente, atuações sólidas e cenários deslumbrantes compensam as pequenas falhas, tornando-a uma escolha valiosa para quem aprecia dramas históricos bem executados.
★★★★☆ 4/5
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