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Crítica de Thor: Amor e Trovão.

  • mindinmaia
  • 5 de jul. de 2022
  • 3 min de leitura


Buscando novos ares e um sentido para sua vida, Thor (Chris Hemsworth) e seu fiel escudeiro Korg (Taika Waititi) saem pelo espaço em busca de emoções, autodescobrimento e muita cafonice, ao lado dos Guardiões da Galáxia. Na terra, Valquíria tenta ser a rainha que Nova Asgard merece, enquanto Jane (Natalie Portman) busca a cura para si. Ao mesmo tempo,

marcado pela perda pessoal e abandono de seu deus, Gorr (Christian Bale) jura destruir todos eles, após se apossar da Necroespada, numa jornada de vingança, sem piedade. Assim, Thor: Amor e Trovão traz uma aventura na busca pela afirmação de si, de esperança e de satisfação, tudo isso movidos pelo amor (ou a falta dele).



Thor nunca teve um papel de peso nos Vingadores, seja nas HQs, seja no MCU. Na verdade, liderar sempre foi uma pedra no caminho do herói. Em seu filme de estreia (Thor, 2011), almejava guerra e foi banido, na sequência (Thor: O Mundo Sombrio, 2013), por não saber lidar com consequências, perdeu a mãe, em 2017, perdeu seu martelo e seu reino (Thor: Ragnarok), em seguida, perde seu irmão e parte de seu povo (Vingadores: Guerra Infinita, 2018). A psiquê do herói estava abalada e, em Vingadores: Ultimato (2019), teve sua redenção e, em seguida, um destino a trilhar. E daí vem a importância positiva do roteiro de Taika Waititi, trabalhar um personagem quase do zero, buscando elementos que os três últimos filmes ignoraram e criar uma (outra) comédia de redescobrimento, romance cafona, melodrama, vingança e até paternidade. Sim, tudo isso pode ser encontrado neste longa e, ao fazer isto, o diretor sacrifica muita coisa, dando origem à parte negativa.



Para começar, temos um embate, não entre heróis e vilões, mas entre comédia e drama. Ao trabalhar a origem do vilão Gorr, Taika cria uma sequência carregada de emoções, sentimentos e, quanto mais vai avançando, mais dá medo. Não medo do que se vê, mas do que virá no restante do filme, já que a certeza que destoará é grande. E é o que acontece.

Parte do humor em situações onde ele não deve entrar, em filmes do MCU, destoam, mas aqui, a gravidade é maior, sobretudo da metade para o final.

Assim, tanto o Deus do Trovão quanto os demais, são prejudicados, como Jane Foster.



Como se não bastasse toda a origem da personagem ter sido modificada, a forma que o diretor escolheu para o surgimento da Poderosa Thor é bastante preguiçosa e repentina. Em algumas cenas, Jane chega até a lembrar um pouco Shazam (2019), no que se refere à personalidade

dúbia, quando está e não está transformada. Gorr é o único personagem que se mantém íntegro, desde sua perda, no início, até o final, tanto na missão de matar todos os deuses quanto no subjugamento de quem os seguem. É o melhor personagem do filme.



Porém, deve-se aplaudir sempre o estilo e estética do diretor. Visualmente, mais uma vez, o filme é lindo. Assim como James Gunn, Taika preza pela mesma linha, colorida, saturada, com criaturas disformes e roupas futuristas. As sequencias de ação são bem trabalhadas, cheias de vigor e animação, porém, como o roteiro é, em parte, apressado, algumas delas

carecem de um tempo maior, isso sem falar dos muitos cortes.

Liderando os coadjuvantes, Korg e Valquíria (Tessa Thompson) estão bem atuantes, têm seus papéis na trama principal, mas não chegam a ser decisivos. Porém, existe um grupo de atores mirins que participam da melhor sequência do longa. Representatividade também é pauta aqui, e é construída de forma leve e divertida.



Taika Waititi sim, fez um bom trabalho em Thor: Amor e Trovão, isso se faz verdade por todos os pontos positivos que sobressaem aos negativos. Tem um final interessante e um tanto surpreendente para um trabalho que ignorou 99% do material base original. Para os menos exigentes, é um filme que renderá risadas, muita ação, armas tornando-se personagens

e um final “digno”. Mas, quem espera ver as adaptações de O Carniceiro dos Deuses (2013) e A Poderosa Thor (2014) ficará muito decepcionado. Mas, uma coisa é certa: se você é um Hard Rocker, prepare-se!


★★★☆☆ 3/5





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