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Crítica de Pobres Criaturas

  • mindinmaia
  • 24 de jan. de 2024
  • 2 min de leitura

Pobres Criaturas é uma adaptação do romance de Alasdair Gray, lançado em 1992. O projeto estava na mente de Yorgos Lanthimos desde 2009, quando ele se encontrou com Gray para discutir os direitos da obra. Após os sucessos de O Lagosta e A Favorita, Lanthimos decidiu que tinha os recursos necessários para dar vida a esta adaptação.


O filme pode ser encarado como uma ficção científica que mistura humor negro, história de auto descoberta e ambientação steampunk. Bella Baxter (Emma Stone) é uma mulher adulta com mente de criança que vai aprendendo a andar e falar enquanto vive em uma mansão grotesca criada por seu inventor, Godwin Baxter, habitada por animais cientificamente modificados.



Esses animais bizarros dão origem a um espetáculo visual surreal, com design de produção, trilha sonora e fotografia impressionantes. A trama acompanha o desenvolvimento de Bella em meio a situações cômicas e inusitadas devido a sua inocência e natureza infantil. Godwin até tenta mantê-la presa em seu rígido castelo, mas todo seu esforço é em vão, visto que Bella deixa claro a cada segundo que nasceu para ser livre.



A performance de Emma Stone é incrível, cheia de fisicalidade, destemida e repleta de coração, proporcionando momentos hilariantes. Godwin Baxter (Willem Dafoe), um cirurgião talentoso, cria Bella como seu próprio experimento, refletindo suas próprias experiências traumáticas. A história se desenrola enquanto Bella explora seus desejos sexuais e outras paixões, acompanhada por Duncan Wedderburn (Mark Ruffalo), um advogado galanteador e extremamente machista.



Surpreendentemente, Ruffalo entrega uma atuação cativante e cômica. A jornada de Bella e Wedderburn pela Europa os leva de Lisboa a Alexandria e Paris, explorando temas filosóficos e sexuais.


O filme se destaca por sua alegria, mesmo em situações sombrias, proporcionando uma experiência visual exuberante. E o filme usa bem a mudança de cores durante o andamento da história e o preto e branco vão dando origem a outras cores que vão colorindo a tela a medida que Bella vai crescendo e enxergando o mundo de outra forma.



Mesmo não sendo um filme para qualquer um, Pobres Criaturas surge como uma obra única de Lanthimos banhada em uma história de amadurecimento tragicamente engraçada com uma química cativante entre seus personagens e atuações magníficas. Sem dúvidas, um filme inesquecível.


★★★★★ 5/5

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