Crítica de Percy Jackson e Os Olimpianos

Percy Jackson e os Olimpianos, finalmente chegando ao Disney+ em 2024, proporciona uma experiência mista que vai desde o entusiasmo quanto apreensão da aclamada série literária de Rick Riordan. Ao adaptar o primeiro livro, O Ladrão de Raios, a série acerta demonstrando uma fidelidade notável ao material original, mas deixa a desejar em outros pontos.

A habilidade de Walker Scobell ao encarnar Percy Jackson é um destaque, transmitindo com naturalidade a rebeldia e sarcasmo do personagem. Além disso, a química entre o trio principal, formado por Percy, Annabeth (Leah Jeffries) e Grover (Aryan Simhadri), contribui significativamente com a sensação de não ir a lugar nenhum na narrativa.

A série se depara com um ritmo irregular, oscilando entre episódios empolgantes e outros arrastados, o que pode frustrar a experiência do espectador. As cenas de ação, embora bem coreografadas, são afetadas pela limitação orçamentária, resultando em momentos menos grandiosos do que os fãs poderiam esperar. Além disso, algumas tramas secundárias desnecessárias desviam a atenção da narrativa principal, adicionando um elemento de desconexão à trama.

A fidelidade ao material original é uma âncora que agrada aos leais seguidores da saga literária. No entanto, a série carece de polimento técnico, evidenciado por algumas falhas que, embora não comprometam fundamentalmente a trama, poderiam ter sido refinadas para uma experiência mais consistente.

Percy Jackson e os Olimpianos é uma adaptação que, apesar de suas imperfeições, consegue agradar alguns fãs, deixando aqueles devotos da obra original, a esperança sobre as futuras temporadas, na expectativa de que superem esses obstáculos técnicos e narrativos, culminando em uma adaptação verdadeiramente grandiosa e à altura da rica narrativa de Riordan.

★★★☆☆ 3/5