Crítica de MoonFall - Ameaça Lunar
- mindinmaia
- 3 de fev. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 28 de jun. de 2022

Não é de hoje que o espaço fascina nossa imaginação. Seja através das missões da NASA, dos lançamentos da SpaceX, ou de algumas outras empresas de países como a Rússia, China, Japão, etc.
O universo e seu desconhecido sempre aguçou a humanidade, desde Nicolau Copérnico, entre os séculos XIV e XV, e tantos outros estudiosos das estrelas e planetas que vieram depois deles, com suas teorias que mexeram com a imaginação da humanidade, sendo muitos deles julgados como loucos e lunáticos, até a modernidade ter a tecnologia suficiente de confirmar e validar boa parte das teorias expostas por esses estudiosos, que observavam as estrelas com equipamentos tão rudimentares comparados com os dos dias atuais.

Moonfall remete uma teoria sobre a criação da Lua, mais especificamente a Lua que orbita a nossa Terra. No qual é diferente da principal teoria aceita pelos cientistas atualmente.
Tudo começa em um missão espacial da NASA, onde três astronautas: Jo Fowler (Halle Berry), Brian Harper (Patrick Wilson) e Marcus (Frank Fiola), vão até a baixa órbita da terra para reparos em um satélite.
Em um momento de descontração, durante a missão, sobre a estrofe de uma famosa música Africa (Toto), acontece o primeiro aparecimento de uma “Anomalia Misteriosa".
A NASA procura uma explicação para a “chuva de asteroides”, apontada como “Anomalia Misteriosa” relatada pelos tripulantes.

Um salto cronológico de 10 anos acontece na trama para os dias atuais, onde o teórico conspiracionista, K. C. Houseman (John Bradley), aparece estudando e investigando teoria sobre o que é, e o que existe dentro da Lua, obtendo dados que comprovam uma anomalia na órbita da Lua, na qual ela tende a chocar com a terra em um espaço curto de algumas semanas.
Vale ressaltar que o K. C. Houseman faz referências a Matrix, ao Elon Musk e a SpaceX.
Com todas essas teorias e possibilidades no ar, destruição da terra pela aproximação da Lua através de atração gravitacional, caos mundial, e busca por uma solução para a não extinção da humanidade. Uma nova missão para Lua é montada, onde se descobre que a “Anomalia Misteriosa" é a causa da Anomalia Orbital Lunar.
Entre descobertas sobre a verdade do acidente espacial há 10 anos e possíveis soluções militares para tentar solucionar o caos mundial, um novo trio formado por Jo Fowler, Brian Harper e K. C. Houseman é formado, de forma inusitada, para salvar o mundo.

Partindo para o âmbito técnico, não poderíamos esperar algo muito diferente do diretor alemão Roland Emmerich, responsável por O Dia Depois de Amanhã, Independence Day, Stargate, Godzilla, Midway e outros, principalmente em detalhes lunares e expectativas alienígenas.
Em termos de coerência científica, será muito difícil algum filme superar Interstellar. Não no quesito efeitos especiais (no qual ganhou o Oscar em 2015 na categoria) mas porque houve um acompanhamento de perto de pelo físico teórico Kip Thorne (especialista prolífico sobre ondas gravitacionais e co-autor do livro Gravitation, Sua pesquisa concentrou-se em estrelas relativísticas, buracos negros, buracos de minhoca, deformações em tempo e ondas gravitacionais.), no qual os mínimos detalhes físicos, astronômicos e espaciais, foram levados em consideração.
Logo, não esperem esses mínimos detalhes, comparados ao Interstellar, puxando bem mais para filmagem de referência do diretor como os Independence Day, 2012 e o Dia Depois de Amanhã, que une teorias próprias com batalhas espaciais.
Neste quesito, os efeitos especiais são muito bons, principalmente nas cenas espaciais, fora da Terra.
Em modos gerais, o filme é empolgante, trabalhando sentimentos familiares e sociais, com a importância dos estudos astronômicos e da NASA para a humanidade e sua existência, muita emoção afetiva e heroísmo. Além de muitas cenas de ação, dentro do possível para um filme voltado a missões espaciais, lembrando outros filmes da filmografia do diretor. Que também são empolgantes.
★★★★☆ 4/5
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