Crítica de Eternos
- mindinmaia
- 4 de nov. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 28 de jun. de 2022
Eternos é novo longa do Universo Cinematográfico da Marvel onde introduz uma raça super-humana, conhecida como os Eternos, foram criados por alienígenas muito poderosos chamados de Celestiais.

O filme nos apresenta diversos novos personagens e uma nova perspectiva de todo o universo, tornando a trama de grande relevância; e nos deixando curiosos para conhecer mais sobre.
Os Eternos traz uma nova perspectiva e grandiosidade ao MCU, seres Celestiais tem outro nível de poder do que somos acostumados a ver.

Podemos ver mais do que o Ego nos apresentou em Guardiões da Galáxia Vol.2, é algo que leva ao espectador um maior conhecimento sobre a parte cósmica da Marvel, faz com que as proporções das ações do Thanos não pareça grande coisa, e no filme a expectativa gerada por algo tão grandioso não conseguiu ser totalmente cumprida.
O Celestial Arishem, é quem orienta os Eternos em sua missão na terra, até então um dos seres mais poderosos , é desafiado por alguns, em uma tentativa claramente sem sucesso, em uma "batalha" fraca e pouco empolgante.

A direção da Chloé Zhao com o estilo “Filme Marvel” entram em conflito, deixando o longa sem muita personalidade. Sim, é um filme diferente dos outros da Marvel, com uma proposta bastante interessante, porém nada realmente marcante e autêntico, talvez se a Cholé tivesse um pouco mais de liberdade poderia ser algo com mais profundidade e emoção.
O filme levanta questões filosóficas sobre a humanidade, que é um de seus pontos mais fortes, contendo uma reflexão sobre todo o universo Marvel e o porquê das coisas acontecerem como acontecem, e explicam a grande dúvida: "porque os Eternos não interferiram?".

Os 10 eternos apresentados são bem diferentes uns dos outros e trazem uma diversidade extremamente importante, porém poucos são realmente cativantes, e até um pouco entediantes.
Sendo mais do que já somos acostumados a ver em filmes de super-herói, como por exemplo o Ikaris ser extremamente parecido com o Super-Homem por voar, soltar lasers, super força… a Makkari ser parecida com o Flash com a sua velocidade e a Thena tem suas semelhanças com a Mulher Maravilha.
Os personagens foram todos apresentados porém nenhum foi muito bem desenvolvido, A Sersi, personagem mais próxima de um protagonismo, é uma personagem de pouca personalidade e bastante insegurança. Acredito que o publico, terá uma certa dificuldade em saber o que ela realmente sente.
A Sprite, mesmo sendo uma Eterno extremamente forte, não pode crescer, pois foi presa em um corpo de uma criança; onde acaba dando inicio a um drama sem sentido algum.
A única relação afetiva entre o grupo que funciona bem é a da Thena com o Gilgamesh. O restante, parece tudo muito forçado, principalmente a relação da Makkari com o Druig.
Druig é o personagem mais cativante e com o conflito interno mais interessante (pelo fato de poder evitar a maioria das coisas ruins da humanidade, pelo seu poder de controle mental, porém não pode interferir; pois a raça humana precisa passar por tudo o que passou para poder evoluir).
O Kingo vem com um lado cômico pouco agregador que chega a tirar a seriedade que algumas cenas pedem. Ikaris é outro dos poucos personagens que tem um bom arco, suas motivações são coerentes e nos leva a importantes questionamentos ao longo do filme.
A Angelina Jolie fez um incrível trabalho no papel de Thena, personagem também intrigante, todas as cenas que lhe é dado destaque o faz muito bem, gostaria de ter visto mais dessa personagem no filme.

A fotografia não é algo marcante, o CGI é algo que poderia ser melhor, a trilha sonora ter sido mais bem pensada para deixar com alguma música tema marcante, que fixasse na cabeça dos espectadores deixa-lós mais imersos na trama, como o filme Duna que faz bom uso dessa estratégia.
O filme introduz bem os Eternos e é bom em explicar e contextualizar o espectador, porém o seu desenvolvimento deixa a desejar e provavelmente causará reboliço entre os fãs dos quadrinhos.
Não saia do cinema antes das luzes se acenderem, pois temos duas cenas pós-créditos que funcionam como pistas sobre o futuro da Marvel.
★★★☆☆ 3/5
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