Crítica de Desaparecida
- mindinmaia
- 21 de set. de 2023
- 2 min de leitura

Filmes que exploram narrativas onde tudo ocorre como se estivéssemos diante de dispositivos eletrônicos (computadores, celulares, tablets) ou espiando a vida de alguém têm ganhado destaque, especialmente no gênero de terror cinematográfico.

Em 2018, o filme Buscando introduziu essa novidade no suspense/mistério, apresentando uma história impactante sobre um pai desesperado em busca de sua filha desaparecida. O longa Desaparecida segue a mesma linha de seu antecessor, agora colocando uma jovem no centro da trama, enfrentando desafios adicionais em sua busca. O filme mantém os espectadores grudados na tela (ou telas), tornando impossível desviar o olhar sem perder algo relevante.

A história de Desaparecida gira em torno do desaparecimento de Grace Allen (Nia Long), uma mãe solteira que está de férias na Colômbia com seu novo namorado Kevin (Ken Leung). Quando eles não retornam ao aeroporto na data planejada, sua filha June (Storm Reid) usa suas habilidades tecnológicas para tentar descobrir o paradeiro deles.

A direção consegue constantemente manter nossa atenção em cada detalhe mínimo, surpreendendo-nos a cada reviravolta inesperada. O filme utiliza amplamente videochamadas, vídeos e posts em redes sociais além de mensagens de texto como ferramentas para o andamento da trama.
O ritmo acelerado do filme é sustentado tanto pelo elenco principal quanto pelo elenco de apoio. A protagonista é interpretada com uma profundidade que retrata uma adolescente que, a princípio, parece estar focada apenas em festas, mas que de repente se encontra em uma busca desesperada por sua mãe, revelando seu notável talento dramático. Storm Reid se destaca de maneira impressionante nesse papel, mas Nia Long também desempenha com autenticidade o papel da mãe preocupada e cuidadosa que guarda segredos de sua filha.

Quanto aos atores coadjuvantes, Joaquim de Almeida e Tim Griffin, que interpreta o pai de June, também entregam performances sólidas com as oportunidades que tiveram. No entanto, a advogada Heather (Amy Landecker) e Ken Leung, que interpreta Kevin, têm participações mais discretas na trama.

O único aspecto em que o filme parece pecar é no excesso de reviravoltas, que, embora surpreendentes, poderiam ter sido distribuídas de forma mais equilibrada ao longo da narrativa. No entanto, Desaparecida reforça por que esse estilo de filme tem ganhado popularidade nos últimos anos, especialmente com atuações sólidas, mantendo o espectador envolvido à medida que a trama se desenrola de maneira ágil, sem dar tempo para respirar.
★★★★★5/5
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