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Crítica de Coringa: Delírio a Dois

  • mindinmaia
  • 3 de out. de 2024
  • 3 min de leitura

Distribuído pela Warner Bros, Coringa: Delírio a Dois é uma sequência que se diferencia do primeiro filme ao explorar novas dimensões do Coringa e sua psique, mas sem o mesmo impacto emocional. Não é um filme de ação, tampouco tão emocionante quanto o antecessor, mas aborda temas como amor, música e uma possível redenção para Arthur Fleck, interpretado novamente por Joaquin Phoenix. A introdução de Harley Quinn, vivida por Lady Gaga, traz uma nova dinâmica, especialmente ao retratar a toxicidade na relação entre os dois personagens.

Se no primeiro filme Coringa estava isolado, aqui ele não está mais sozinho, o que resulta em uma mudança perceptível em sua personalidade. No entanto, a ausência de narrativa original da Lee Quinn, esperada por muitos, gera uma sensação de desperdício do potencial do personagem.


Um dos pontos que dividirá opiniões é a química entre Phoenix e Gaga, parece que ele não esta tão confortável com essa relação. Lady Gaga surpreende ao integrar seus talentos musicais à trama, criando momentos que destacam seu lado como cantora, mas funcionando um pouco raso pelo de sua personagem. Suas cenas musicais, embora às vezes dissonantes com o tom do filme, são interessantes e ajudam a solidificar sua atuação.



A direção de Todd Phillips continua meticulosa, evocando a tensão nos momentos psicológicos e utilizando a trilha sonora para intensificar a experiência. A cinematografia é impressionante, e o filme consegue se posicionar como um forte candidato a premiações, graças às categorias técnicas e ao impacto visual.


No entanto, há falhas evidentes. O filme, com um arranjo musical por vezes desconexo e perturbador, prejudica momentos cruciais de introspecção. O roteiro, que parece rabiscado por alguém emocionalmente abalado, torna-se cansativo em alguns momentos. Enquanto o primeiro filme foi uma reflexão crua sobre isolamento e loucura, Coringa: Delírio a Dois  oferece uma narrativa fragmentada, que tenta misturar temas contraditórios, como heroísmo e vilania, sem uma mensagem coesa.



A quebra da quarta parede em determinados momentos soa desnecessária e afasta o espectador da trama, criando um distanciamento que pode frustrar aqueles que esperavam uma experiência mais profunda e sombria. A tentativa de subverter a expectativa de uma narrativa clássica acaba desorientando, especialmente para quem esperava uma sequência emocionalmente poderosa.



Apesar disso,Coringa: Delírio a Dois ainda é mais do que um filme de quadrinhos. É uma exploração artística do desespero emocional e da psicose, mas com menos intensidade que o primeiro filme. Para os amantes de cinema, a recomendação é assistir à obra em IMAX, onde cada cena se torna uma experiência visual imersiva. Contudo, aqueles que buscam uma cópia do primeiro filme ou uma continuidade direta de sua reflexão social ficarão decepcionados.


Se o título não fosse Coringa, talvez o filme fosse melhor apreciado. A sensação de que o nome foi imposto apenas para vender bilhetes é difícil de ignorar. O filme sofre de um problema recorrente: o uso oportunista da marca, resultando em um produto que, se tratado com outro nome, poderia ter uma recepção mais favorável.



Em resumo, Coringa: Delírio a Dois  é um bom filme, mas não atinge as alturas de seu predecessor. Para os que saíram do primeiro filme com grandes expectativas, o segundo entrega um sabor amargo. Mesmo com boas atuações e uma estética visual impactante, o filme acaba sendo uma experiência desarticulada, deixando uma sensação de que poderia ter sido muito mais. ★★★☆☆ 3/5

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