Crítica de Aquaman 2: O Reino Perdido
- mindinmaia
- 22 de dez. de 2023
- 2 min de leitura
A chegada de Aquaman 2: O Reino Perdido aos cinemas marca o encerramento do Universo Estendido da DC. Embora novos filmes da DC continuem sendo produzidos para um novo universo cinematográfico, a jornada iniciada com Homem de Aço em 2013 chega ao fim com esta sequência do filme Aquaman de 2018.
Arthur Curry (Aquaman) está se adaptando à vida como marido, pai e rei de Atlântida. Uma antiga ameaça ressurge na forma de David Kane (Arraia Negra), derrotado por Aquaman no primeiro filme e agora tramando vingança. David descobre o perdido Reino de Necrus na Antártida, adquirindo o poderoso Tridente Negro e enfrentando o líder há muito adormecido, Rei Kordax. Aquaman busca a ajuda de seu meio-irmão exilado, Orm Marius, para derrotar o Arraia Negra e salvar Atlântida e o mundo.
O filme explora temas de fraternidade, traição e redenção ao mostrar a inesperada aliança de Aquaman com Orm, meio-irmão do herói. Essa dinâmica adiciona drama e moral à trama, enriquecendo-a com profundidade emocional.
A atuação de Patrick Wilson como Orm destaca-se, conferindo ao personagem uma profundidade que vai além do típico vilão. Wilson dá a Orm um conflito interno, senso de honra e lida com seus próprios demônios e ambições. Essa interpretação garante que Orm não seja apenas mais um antagonista, mas uma figura crucial cujas ações impactam a narrativa.
A fotografia entrelaça elementos de horror com aventura, usando criaturas monstruosas para destacar o filme no gênero de super-heróis. A direção de James Wan, mescla o fantástico com o aterrorizante, criando um espetáculo avassalador. O filme apresenta extravagâncias subaquáticas, criaturas míticas e batalhas grandiosas, cativando com seu visual elaborado e trilha sonora épica. No entanto, às vezes, esse caos visual causa um pouco de confusão em certas cenas e confunde um pouco o espectador.
Yahya Abdul-Mateen II como Arraia Negra está imponente, e reprisa muito bem o papel, agora com um traje que se assemelha ao design clássico dos quadrinhos. Muitos membros do elenco do primeiro filme retomam seus papéis, mas a maioria parece ser subutilizada e não contribui efetivamente para a narrativa.
O filme aborda questões contemporâneas, como poluição e aquecimento global, de maneira sutil ao longo da trama. Destacando a interconexão entre a natureza e as ações humanas.
A batalha final do filme decepciona. E o tão aguardado confronto desenrola-se com uma facilidade inesperada, beirando o anticlímax. Essa vitória fácil deixa o espectador ansiando por uma resolução mais bem trabalhada e desafiadora, condizente com a construção da trama durante todo o filme.
Aquaman 2: O Reino Perdido não é a conclusão grandiosa que alguns poderiam esperar para o DCEU, mas é um filme agradável de aventura fantástica. Possui sequências de ação dinâmicas e envolventes, e Jason Momoa e Patrick Wilson formam uma ótima dupla. No entanto, as nuances emocionais do filme às vezes podem parecer vazias. Apesar de parecer, por vezes, desconexo, está longe de ser um desastre e é um filme divertido acima de tudo.
★★★★☆ 4/5
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