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Crítica de Adão Negro

  • mindinmaia
  • 19 de out. de 2022
  • 3 min de leitura


Enfim, chegou. Após anos de fervor e aclamação por parte dos fãs, Dwayne Johnson finalmente cumpre seu papel como ídolo: escutar seu público. De fato, assim como em Aquaman (2018), Jason Momoa entregou o personagem de sua carreira, em Adão Negro não seria diferente para The Rock. Não que seja espetacular, mas, pela ótica do mercado cinematográfico, por tudo que foi movido para a concretização do longa, sim, temos uma boa surpresa.



Kahndaq, uma das primeiras civilizações do planeta, no Egito, é dominada e

escravizada. Seu tirano busca uma rocha preciosa para confeccionar um objeto que, segundo as lendas, dará controle do submundo e poderes ilimitados. Inconformado com a condição de seu povo, Thet-Adam se revolta e, de uma forma não convencional, adquire os poderes do

mago Shazam. Enlouquecido pela vingança, acaba sendo aprisionado pelo mago que lhe dera os poderes. Cinco mil anos depois, uma cientista o desperta, enquanto procura uma relíquia. O rastro de destruição chama a atenção da Sociedade da Justiça, um grupo de super-heróis.



Pode-se dizer que, em matéria de história, não existe nenhuma novidade. Começo, meio e fim, ascensão, queda, redenção e nova ascensão, ou seja, a típica jornada do herói, adaptada a um anti-herói. O diretor Jaume Collet-Serra (A órfã, Casa de Cera) usa e abusa de clichês do gênero, fazendo com que o roteiro, assinado por Adam Sztykiel (Rampage), Rory Haines e Sohrab Noshirvani, entregue um filme bem mastigado, com poucas reviravoltas e, sim, muita ação. É verdade que, quando Adam desperta na atual Kahndaq, o longa não dá tempo para descanso. As sequências são, em grande parte, ótimas, bem elaboradas e executadas.



O CGI é preciso, suficiente para repassar ao público a grandiosidade do protagonista ante os secundários, porém, a animação de alguns elementos, em alguns momentos, diminuiu a experiência. A maior parte destes problemas, no terceiro ato, aparentando ser consequência de uma possível pressa na conclusão. Outro ponto a chamar a atenção é a mixagem de som. Ela, estranhamente, continua vibrante, mesmo em momentos onde se pedia mais silêncio, como numa conversa amistosa ou num momento mais intimista.



Sobre ser o papel da vida de Johnson, sim, é exagero. Mas, dificilmente um ator ficaria melhor. E isso se reflete além das telas. Além de encabeçar o projeto, Dwayne deu voz aos fãs, que clamavam por novos filmes do estúdio, além de representatividade em seus papéis. E aqui não faltou: atores, produtores e diretor, todos das mais variadas etnias, o que não se

observava há poucos anos. Ainda sobre o elenco, temos a primeira aparição da Sociedade da Justiça em filmes canônicos da DC. Nesta versão, encontramos Senhor Destino (Pierce Brosnan), Gavião Negro (Aldis Hodge), Átomo (Noah Centineo) e Ciclone (Quintessa Swindell). Todos estão bem, servem ao roteiro, sem desperdício. Talvez, o uso do Noah como alívio cômico tenha falhado em alguns momentos, mas, sem graves danos.



Talvez, o maior problema de Adão Negro seja o ritmo. Sim, temos 123 minutos de muita ação, porém, parte desta é repleta de pequenas falhas em vários elementos, como trilha destoante, qualidade no CGI de alguns personagens e cenários, necessidade de comicidade e falta de perigo aparente. Sim, o vilão é mais um “ser mal que faz maldade” porque quer e pronto. As reviravoltas vêm atrasadas e filme ainda tenta fazer suspense, mesmo aos que já são familiarizados com o personagem nos quadrinhos.



Indiscutivelmente, Adão Negro já nasceu bem sucedido. No geral, o filme convence e mostra que quando há diálogo com os fãs, as chances de convencimento do projeto são altas.


Como de praxe, existe uma cena após os créditos, indicando que, sucesso ou não, ainda veremos muito do personagem, nos anos que se seguem.


★★★☆☆ 3/5




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