Crítica de A Mulher Rei
- mindinmaia
- 18 de set. de 2022
- 2 min de leitura

A Mulher Rei, originalmente titulado como The Woman King é uma história baseada em eventos reais sobre o Agojie, um grupo de mulheres guerreiras que protegiam o reino de Dahomey na África Ocidental.
Dirigido por Gina Prince-Bythewood a partir de um roteiro co-escrito por ela com Dana Stevens. E estrelado por Viola Davis, Thuso Mbedu, Lashana Lynch, John Boyega, Adrienne Warren, Sheila Atim, Jayme Lawson e Hero Fiennes Tiffin.

O filme narra a jornada de Nanisca (Viola Davis), general altamente respeitada pelo rei, enquanto ela treina um novo grupo de recrutas e as prepara para a batalha contra um inimigo. Nawi (Thuso Mbedu) uma jovem de personalidade forte, deseja mostrar seu real valor e ter seu lugar junto das Agojie.

Em um filme sobre guerreiras não se podia faltar ação. Cenas de guerra, de luta, mortes, a ação é realmente rápida… mas não tão bem encaixada. Apesar da falha no ritmo, o longa funciona, especialmente na presença da Viola Davis com sua atuação magnética. Já a jovem Thuso Mbedu, no papel de Nawi, também brilha e divide muito bem o protagonismo com Viola. Sheila Atim e Lashana Lynch estão fantásticas em seus respectivos papéis e merecem muitos elogios. Todo o elenco desenvolve muito bem seus personagens, ao ponto de gerar empatia e conseguir se conectar com os espectadores.

Houve todo um cuidado na produção de começar a preparar com as atrizes, para que estivessem aptas a fazer as próprias cenas de ação. De forma que até Viola Davis, nos auge dos seus 56 anos, fosse responsável por 90% das suas cenas. Há muitas lutas realmente incríveis, e este é o tipo de filme que os coordenadores de dublês matariam para trabalhar. Além disso, desenvolveram um estilo de luta para cada personagem para demostrar suas particularidades.

Ficarei extremamente surpresa se este filme não ganhar um prêmio de melhor atriz e melhor atriz coadjuvante.
Os efeitos visuais também foram muito bem feitos, assim como a maquiagem. Tudo é feito para melhor servir a história.

Os elementos africanos são apresentados sutilmente de forma instrutiva, a representatividade dos Orixás, a importância do Patuá para proteção, o respeito em preparar o Ebó, o Ifá, as músicas, as danças e muitos outros detalhes que puderam enriquecer a obra, desmistificando a cultura africana.

A Mulher Rei fala de um povo poderoso ignorado, trata do assunto da escravidão, que não é fácil de falar, muito menos colocar na história, aborda machismo, sororidade e trauma, entre outros temas. Com uma produção fantástica é um filme necessário, forte e emocionante, é uma das melhores coisas que assisti esse ano.
É o tipo de filme que eu imploro a qualquer um que vá ver no cinema.
A Mulher Rei tem data de estréia no Brasil para 22 de Setembro de 2022.
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