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Critica de Nosferatu 2024

  • mindinmaia
  • 20 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura


Em 1922, o filme Nosferatu: Uma Sinfonia de Horror fez sua estreia. Este clássico mudo e em preto e branco se consolidou como uma das mais notáveis obras do gênero de terror. A obra nos apresentou o inesquecível Conde Orlok, um vampiro que atormenta a esposa de seu agente imobiliário e espalha a peste em sua cidade.


O filme tinha sido fortemente inspirado no romance Drácula, de Bram Stoker. Na verdade, tratava-se de uma adaptação não autorizada e informal da obra de Stoker, o que levou os herdeiros do autor a processarem os criadores do filme. Houve até uma ordem judicial que destruiu inúmeras cópias do longa, mas, felizmente, algumas sobreviveram, permitindo que o filme fosse reconhecido como uma obra-prima.



Ambientado em 1838, na Alemanha, Nosferatu explora a obsessão entre Ellen Hutter, uma jovem atormentada, e o antigo vampiro transilvano que a persegue, o Conde Orlok, desencadeando uma série de horrores àqueles ligados a Ellen. Agora, sob direção de Robert Eggers que traz sua própria visão para este clássico do cinema.


Este filme é praticamente a versão definitiva dessa história clássica. Desde sua abertura assustadora até o desfecho trágico, a obra impressiona. Embora haja alguns pequenos deslizes ao longo do caminho, eles não comprometem a experiência. E Robert Eggers entrega um remake que não apenas assusta, mas também mantém o público hipnotizado. Os elementos góticos são impressionantes, e o filme é filmado de uma maneira que remete aos antigos filmes de terror, criando exatamente a atmosfera esperada. O senso de ameaça constante que permeia o filme mantém o espectador completamente envolvido.



Uma escolha interessante de Eggers é a apresentação inicial em tons desbotados, que nos faz acreditar estar assistindo a um antigo filme de terror em preto e branco. Essa abordagem não apenas homenageia o original de 1922, mas também é a forma ideal de apresentar essa história. Essa técnica aparece em momentos específicos ao longo do filme, conferindo uma sensação gótica e sinistra que combina perfeitamente com o material.


Bill Skarsgård interpreta o Conde Orlok e sua presença é absolutamente aterrorizante. Seu visual é bem diferente do que já vimos, com cabelo e um bigode espesso. A performance de Skarsgård faz deste Orlok um vampiro que realmente assusta e traz consigo uma caracterização putrefata que causa desconforto o tempo inteiro.



Ellen, vulnerável à influência maligna do Conde, sofre cada vez mais com a proximidade do vampiro, enquanto Thomas, seu noivo, enviado para tratar de negócios com Orlok, cai em uma armadilha planejada desde o início. Orlok é obcecado por Ellen, algo revelado logo no início e que permeia toda a trama. Ambos os atores estão excepcionais em seus papéis, com Hoult entregando uma performance carregada de emoção, enquanto Lily-Rose Depp convence completamente como o objeto da obsessão de Orlok e a razão para o mal que ele traz à cidade.


Aaron Taylor-Johnson e Emma Corrin também têm papéis importantes como Friedrich Harding e sua esposa, Anna. Friedrich, um cético que se recusa a aceitar qualquer evidência que contradiga sua visão, chama a atenção em certos momentos por sua frieza e crueldade em relação a Ellen. Já Anna, melhor amiga e confidente de Ellen, é perfeitamente interpretada por Corrin, que transmite a angústia de ver a amiga sofrer sem conseguir ajudar ou entender completamente o que está acontecendo.



Outro destaque é Simon McBurney como Herr Knock, o empregador de Thomas. O ator protagoniza momentos repulsivos e aterrorizantes que, ao mesmo tempo, assustam e impressionam o público. Assim como Willem Dafoe brilha como o Professor Albin Eberhart Von Franz, o Van Helsing desta história. Sua performance é genial e excêntrica incorporando de forma exemplar um cientista controverso e especialista em ocultismo.


Esta versão não apenas homenageia o original de 1922, mas também atualiza a história para o século 21 de maneira respeitosa e impressionante. Os efeitos visuais são incrivelmente bem feitos, tornando tudo o que vemos absolutamente crível. E embora não seja tão gráfico ou sangrento quanto alguns filmes de terror dos dias atuais, Nosferatu é uma obra memorável. E, sem dúvidas, uma incrível homenagem a um dos maiores clássicos do gênero. ★★★★★ 5/5

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